sexta-feira, 23 de abril de 2010

Mulheres ainda sofrem com desigualdade no mercado de trabalho


Segundo IBGE apenas 40% das mulheres que trabalham têm carteira assinada

Todos são iguais perante a lei. É o que estabelece o artigo 5° da Constituição Federal. Apesar disso, em pleno início da segunda década do século XXI, não é raro encontrar desigualdades em diversas áreas, em especial contra as mulheres no mercado de trabalho mesmo ocupando cargos de comando ainda sofrem com a discriminação, tanto por parte dos homens – muitos dos quais com cargos inferiores aos delas - quanto em termos salariais.
Segundo dados do IBGE em pesquisa realizada em janeiro de 2008, havia aproximadamente 9,4 milhões de mulheres trabalhando nas seis regiões metropolitanas onde foi realizado o levantamento: São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Salvador, Belo Horizonte e Porto Alegre. Este número significa 43,1% das mulheres do país. Em 2003 esta proporção era de 40,1%. O que comprova o aumento da representatividade feminina no mercado de trabalho.
Entretanto, elas se encontram em situação desfavorável à dos homens, pois não chegam a atingir o percentual de 40% de mulheres trabalhando com carteira de trabalho assinada. Entre os homens esta proporção ficou próxima de 50%.
Os dados são contundentes, mas não surpreendem, pois essa realidade está aos olhos de quem quiser ver. Mesmo com a existência de leis que garantem às mulheres igualdade nas relações de trabalho e salário igual para trabalho de igual valor, o cenário ainda é adverso. A luta por direitos que não sejam iguais apenas no papel mostra-se bem maior do que as primeiras feministas poderiam prever.


Leandro Oliveira
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Curiosidades sobre as mulheres no mercado de trabalho.


No Brasil, em 1970, apenas 18% das mulheres estavam inseridas no mercado de trabalho. Atualmente esse número está próximo de 50% e já bateu em 55% na Grande São Paulo.
Em nossas universidades. Na média geral de todos os cursos, há mais mulheres matriculadas do que homens.
Duas universidades paulistanas gentilmente fizeram um levantamento de faltas letivas no ano passado. Em média, os alunos homens faltaram a 17% das aulas. E as alunas mulheres, a 7%.
As mulheres são responsáveis hoje por mais de 70% das compras diretas e indiretas de veículos no Brasil, o que significa que estão mais independentes financeiramente.
Uma recente pesquisa da Catho Online, que constatou que o número de mulheres em níveis hierárquicos mais altos dobrou nos últimos dez anos.

Camila Lessa de Moura

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