sexta-feira, 23 de abril de 2010

HOMOSSEXUAIS SOFREM COM O PRECONCEITO


Grupos de homofóbicos atacam em Brasília
“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.” Essa frase é o que consta na DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS e que por lei deve ser acatada, porém, na prática não é assim que acontece. Há um enorme numero de casos de preconceitos na sociedade, entre os quais se destaca os que envolvem a homossexualidade.
De acordo com Jefferson P. Hartmann,do Centro de Mídia Independente – CMI- existem muitos grupos de homofóbicos no Brasil, entre eles o que mais chama atenção é o grupo de Brasília, criado em 2006 formado por vinte e dois homens e oito mulheres.
Esse grupo pratica o “estupro corretivo” em gays e lésbicas com o intuito de orientar a opção sexual da vitima. Eles agem de forma discreta se infiltrando em baladas GLS e atraindo-os para uma emboscada em lugares obscuros e forçando-os a ter relações sexuais com o sexo oposto. Esses homofóbicos gravam e depois divulgam os vídeos na internet, sem mostrar os rostos. Logo que terminam o estupro soltam os homossexuais em um lugar seguro e continuam sua vida normalmente. Muitos dos agressores têm nível superior e são chefes de família.

Érien Cristine
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Diferente sim, qual o problema?

Em entrevista, Felipe Couto, 17 anos, gay assumido, relata as principais dificuldades que sofreu e que sofre com o preconceito sexual.

Você já sofreu algum tipo de descriminação na rua, escola ou trabalho?
Na escola, sim, quando eu estava no ensino fundamental. Tem sempre uns garotos que gostam de zuar. No início eu não gostava, às vezes ficava até triste, mas depois eu nem liguei mais, e hoje em dia continuo não ligando.
A opinião da sociedade é fundamental para você?
Não. É claro que eu gostaria que fosse normal gays se beijarem em público, casamento gay, etc. Mas eu não me importo com o que as pessoas falam de mim ou de qualquer outro gay. Acho que a pessoa deve ser feliz do jeito que é.
O que pensa sobre homofobia?
Acho a homofobia uma coisa muito antiga, não devia mais existir hoje. Infelizmente existe, e muita gente apóia, mesmo dizendo que é contra.

Érien Cristine

Skinheads: Preconceituosos ou vitimas do preconceito?

Entenda como surgiu este grupo e pelo quê eles lutam
Os skinheads (cabeças raspadas), assim apelidados pela mídia, surgiram em 1969, com os jovens operários do Reino Unido. Foi uma evolução do movimento modernista britânico (os mods), influenciados pelos rude boys jamaicanos, que imigraram para a Inglaterra neste período, lembrado hoje como “espírito de 69”.
A subcultura skin destacou-se nos jornais com a prática do hooliganismo (brigas de torcidas de futebol) e as “tretas” com os hippies, diferenciados pelo corte de cabelo curto, estilo de se vestir com botas e suspensórios, hábito de beber cerveja e a paixão pela música ska e skinhead reggae. Tinham um estilo próprio e dizem até hoje que antes de botar um visual tem que ter bastante atitude. Não havia política nem racismo no movimento, muitos deles eram negros e mesmo os brancos ouviam música negra e frequentavam os bailes jamaicanos. Prática hoje adotada pelos skinheads tradicionais (os trads).
Em 1977, começaram a surgir os novos skins influenciados pelo movimento punk, streetpunk/oi!, surgiu ai a primeira ramificação, que por consequencia trouxe os esquerdistas, conhecidos como redskins, com organizações como a R.A.S.H., que significa skinheads comunistas e anarquistas e a S.H.A.R.P. (skinheads contra o preconceito racial) e os skinheads de direita, conhecidos como bonehead ou white power (skinheads neonazistas).
No inicio da década de 80 surgiram os carecas brasileiros, nacionalistas, homofóbicos, antirracistas, anticomunistas, antianarquistas e antidrogados, porém cheios de contradições. Embora se denominem antirracismo, ouvem as mesmas músicas que os WP, se dizem antidrogas, mas consumem bebidas alcoolicas.
É comum a pratica de violência entre as subdivisões, já que ambos acusam uns aos outros de não serem verdadeiros skins, de não condizerem com as “tradições”. Os carecas, assim como os WP, são xenofóbicos e “lutam” pela honra da família e da patria agem de violência para denfender seus principios, com isso criam um perfil generalizado para os skins, quando na verdade os causadores da bagunça são minoria na subcultura skinhead.
Brenda Nurmi

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Trocando em miúdos

Em entrevista com um skinhead tradicional ele afirma honrar as tradições da subcultura sem agressões físicas; “sou contra homossexualidade, pois Deus fez Adão e Eva, e não Adão e Ivo, mas não saio agredindo eles como alguns skins fazem, sou trad e não white power”. Para os white powers a visão da criação de Deus não muda, porém encontram na violência uma forma de “corrigir” os homossexuais; “Eles são abominações, querem exterminar os laços familiares constituídos por Deus, nossos atos são apenas para retificar os distúrbios sexuais deles”.

Brenda Nurmi

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Conheça também o blog http://youandmeonajamboree.blogspot.com

E entenda um pouco mais sobre o Skinhead Reggar!

Mulheres ainda sofrem com desigualdade no mercado de trabalho


Segundo IBGE apenas 40% das mulheres que trabalham têm carteira assinada

Todos são iguais perante a lei. É o que estabelece o artigo 5° da Constituição Federal. Apesar disso, em pleno início da segunda década do século XXI, não é raro encontrar desigualdades em diversas áreas, em especial contra as mulheres no mercado de trabalho mesmo ocupando cargos de comando ainda sofrem com a discriminação, tanto por parte dos homens – muitos dos quais com cargos inferiores aos delas - quanto em termos salariais.
Segundo dados do IBGE em pesquisa realizada em janeiro de 2008, havia aproximadamente 9,4 milhões de mulheres trabalhando nas seis regiões metropolitanas onde foi realizado o levantamento: São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Salvador, Belo Horizonte e Porto Alegre. Este número significa 43,1% das mulheres do país. Em 2003 esta proporção era de 40,1%. O que comprova o aumento da representatividade feminina no mercado de trabalho.
Entretanto, elas se encontram em situação desfavorável à dos homens, pois não chegam a atingir o percentual de 40% de mulheres trabalhando com carteira de trabalho assinada. Entre os homens esta proporção ficou próxima de 50%.
Os dados são contundentes, mas não surpreendem, pois essa realidade está aos olhos de quem quiser ver. Mesmo com a existência de leis que garantem às mulheres igualdade nas relações de trabalho e salário igual para trabalho de igual valor, o cenário ainda é adverso. A luta por direitos que não sejam iguais apenas no papel mostra-se bem maior do que as primeiras feministas poderiam prever.


Leandro Oliveira
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Curiosidades sobre as mulheres no mercado de trabalho.


No Brasil, em 1970, apenas 18% das mulheres estavam inseridas no mercado de trabalho. Atualmente esse número está próximo de 50% e já bateu em 55% na Grande São Paulo.
Em nossas universidades. Na média geral de todos os cursos, há mais mulheres matriculadas do que homens.
Duas universidades paulistanas gentilmente fizeram um levantamento de faltas letivas no ano passado. Em média, os alunos homens faltaram a 17% das aulas. E as alunas mulheres, a 7%.
As mulheres são responsáveis hoje por mais de 70% das compras diretas e indiretas de veículos no Brasil, o que significa que estão mais independentes financeiramente.
Uma recente pesquisa da Catho Online, que constatou que o número de mulheres em níveis hierárquicos mais altos dobrou nos últimos dez anos.

Camila Lessa de Moura

Sociedade negligencia idosos


A lei que os protege é violada com facilidade pelos mais jovens

Os idosos vêm atingindo uma longevidade maior nos dias de hoje graças aos avanços da medicina e a melhora na qualidade de vida. Porém, a parcela “experiente” da sociedade ainda encontra dificuldades para conviver com o restante da população.
De acordo com Lourdes Toledo, assistente social do CREAS (Centro de Referência Especializado em Assistência Social) e presidente do Conselho do Idoso de Mairiporã, os idosos são negligenciados por dependerem dos cuidados dos familiares que muitas vezes não podem atendê-los e até os maltratam. Além disso, Lourdes afirma que muitos idosos são roubados na própria casa quando membros da família pegam o dinheiro (da aposentadoria, por exemplo) e usam para fins próprios ou então são extorquidos ou sofrem estelionato por pessoas que se dispõem a tirar algum documento para o idoso desde que recebam uma porcentagem em dinheiro. Na maioria dos casos, tais denúncias (extorsão, estelionato, abandono) são feitas por vizinhos, amigos da família ou até pelos próprios idosos. No entanto, a maioria das vítimas tem medo de prejudicar a família.
Com relação ao Estatuto do Idoso, a assistente social fala que muitos jovens o vêem como um empecilho, por garantir certos direitos como preferências em filas e transportes públicos. Sob a alegação de que estão cansados pela jornada de trabalho, os jovens não cedem lugar no ônibus ou metrô. Também acham que pessoas velhas devem ficar em casa, pois não têm nada para fazer.


Bruno Vinicius
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Lei assegura direitos dos mais velhos

Assim como as crianças e adolescentes, os idosos têm seus direitos protegidos por lei. O Estatuto do Idoso foi sancionado em 1º de outubro de 2003. No 4º artigo desta lei consta que “nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade, ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei”. E o 5º artigo diz que “a inobservância das normas de prevenção implicará em responsabilidade à pessoa física ou jurídica nos termos da lei.”
Sabemos que muitos ainda não têm conhecimento deste Estatuto, e por isso não recorrem à justiça. Em consequência, sofrem calados à discriminação daqueles que esquecem que irão envelhecer.


Camila Lessa de Moura